domingo, 8 de julho de 2012

Destino

Destino a mim preciosos sonhos,
que de tão precisos escapam-lhes da razão.
Destino a mim o que não pode ser dito,
pois palavras são escassas e ineficientes.
Destino a mim dos mais sublimes amores,
que me façam sentir viva!
Destino a mim o que há de leve no mundo,
o encanto inefável das profundezas do sem fim.
Destino a mim os rodopios do inesperado,
que despertam o gozo da esperança.

...
Mas o destino já não quis saber do suplício,
possui o dever de manter o que se está estabelecido.
Pouco importa se sofrerás.                                       
Ele cumpre ordens.
Ordens daquele que mal te olha nos olhos,
que não sabes do porque de teu sonhar.
"Ide em paz com teus devaneios" - uma voz sussurra           
pois deles só terá o gosto amargo de lembranças,                                 
desejos,
sonhos.
Destino (Sandman - Neil Gaiman)